Todos os dias em um campo rochoso em Muhanga, no Ruanda, cerca de uma hora no oeste de Kigali, um grupo de crianças pressionam o nariz contra uma cerca com arame farpado. Eles estão alí para ver algo que se tornou ocorrência comum nos últimos meses.
As crianças se reúnem para ver drones a descolar. O que acontece pelo menos cinco e até 20 vezes por dia.
Os drones possuem um tipo único de carga: sangue, plaquetas e plasma. Pesando cerca de 12kg cada e carregando cerca de 3 quilos de sangue, os drones voam para nove hospitais no lado oeste do país depois de receber ordens através de textos via…. WhatsApp.
Seu objectivo é entregar sangue a esses centros médicos em menos de 20 minutos, em vez das três horas, como seria por via rodoviária.
Os drones não aterram nos hospitais. Os pacotes caem de para-quedas e então eles regressam à base.
A partir do próximo ano, a Zipline, a empresa do Silicon Valley que gere o projecto, também iniciará operações na Tanzânia. Este pais tem até 2.000 partos por dia e mais de 1.000 centros de saúde, disseminadas por todo o território.
A empresa quer fazer mais do que apenas entregar sangue ou suprimentos médicos. Ela pretende se tornar num sistema de entrega, bem ao estilo de Amazon ou Google. Alguns críticos dizem que a entrega de sangue por drone é uma solução high-end para um problema simples de baixo custo. Que o dinheiro poderia ser melhor usado para treinar mais médicos.
Segundo eles a ideia de usar drones em um país tão pequeno como o Ruanda, onde todos os hospitais estão dentro de três horas de carro, parece desnecessário.Por agora o projecto continua, sempre tem gente a quem os drones salvam a vida o que não é mau.
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