Avançar para o conteúdo principal

Existe neurofibromatose em Angola?

Sim, a neurofibromatose afecta pessoas em todo o mundo, incluindo Angola. É uma doença genética que afeta o desenvolvimento dos nervos e dos tecidos que os revestem. A doença pode causar crescimento anormal dos nervos, tumores benignos na pele e em outras partes do corpo, e problemas ópticos. Não há cura para a neurofibromatose, mas o tratamento pode ajudar a controlar os sintomas e prevenir complicações.

A doença é  relativamente comum,  cerca de 1 em cada 3.000 pessoas em todo o mundo a sofrem. A neurofibromatose tipo 1 é a forma mais comum da doença, afetando cerca de 1 em cada 3.000 a 4.000 pessoas. A neurofibromatose tipo 2 é menos comum, cerca de 1 em cada 25.000 pessoas. A schwannomatose é a forma mais rara da doença, afetando cerca de 1 em cada 40.000 pessoas. A neurofibromatose afeta pessoas de todas as idades, raças e etnias. Porem é mais frequente em pessoas com antecedentes familiares da doença, mas também aparece em  pessoas sem essa história familiar.

Como identificar a doença?

Os sintomas da neurofibromatose são varios, dependendo do tipo e da gravidade da doença. Alguns sintomas comuns incluem:

  1. Crescimento anormal dos nervos: Pode haver crescimento anormal dos nervos em qualquer parte do corpo. Isso pode causar deformidades e dificuldades motoras.
  2. Tumores benignos na pele e em outras partes do corpo: A neurofibromatose pode causar o crescimento de tumores benignos na pele e em outras partes do corpo.
  3. Problemas ópticos: A neurofibromatose pode causar problemas com a visão, como miopia ou catarata.
  4. Problemas auditivos: A neurofibromatose tipo 2 pode causar problemas auditivos, incluindo perda de audição.
  5. Dor: A neurofibromatose pode causar dor, especialmente em pessoas com schwannomatose.
  6. Disfunção sexual: A neurofibromatose pode afetar a fertilidade e a função sexual em algumas pessoas.
  7. Outros sintomas: Alguns outros sintomas da neurofibromatose podem incluir deformidades ósseas, problemas de aprendizagem e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

Como pode evitar a neurofibromatose?

Não há uma maneira de prevenir a neurofibromatose, pois é uma doença genética. A doença é causada por mutações nos genes que controlam o crescimento dos nervos e dos tecidos que os revestem. Essas mutações são geralmente presentes no nascimento e são herdadas de um dos pais. No entanto, em alguns casos, a mutação pode ocorrer espontaneamente em um dos óvulos ou espermatozoides, o que pode levar a uma primeira ocorrência da doença em uma família.

No entanto, existem algumas medidas que as pessoas com neurofibromatose podem tomar para controlar a doença e prevenir complicações. Por exemplo, as pessoas com neurofibromatose podem se beneficiar de tratamentos médicos, como medicamentos e cirurgia, para controlar os sintomas da doença. Além disso, é importante seguir as recomendações do médico.

*Precisa consultar um ortopedista?
Dr. Castilho. Ortopedista. Pediátrico Adultos

Comentários

Mensagens populares deste blogue

A ortopedia em Angola. Realidade e desafios

A Sinistralidade rodoviária foi o tema principal do primeiro congresso da SAOT, a Sociedade Angolana de Ortopedia e Traumatologia, tudo indica que será o tema principal em muitos outros. Infelizmente, continuamos a enfrentar, agora com mais dificuldades, a mesma epidemia de trauma. Protelamos muitos problemas ortopédicos graves da população, simplesmente, porque estamos limitados ao tratamento principalmente, das víctimas dos acidentes. O nosso  passivo de doentes com deformidades, de infecções recorrentes e de tumores sem tratar é cada vez maior. A situação actual em quase todas as instituições de saúde, publicas ou privadas pode ser resumida assim: A epidemia de trauma desborda a capacidade de atendimento dos ortopedistas. Mais do 80% da actividade cirúrgica está dirigida ao tratamento das fracturas e suas sequelas. Isto consume recursos, tempo e vocação profissional. Os acidentados lotam practicamente todas as camas disponíveis. Os serviços ficam sem espaço para internar doentes com...

Complicações no ombro dos recém-nascidos

No que vai deste ano, tenho assistido 9 recém-nascidos com lesões musculoesqueléticas adquiridas durante o parto. O mais significativo é que nenhum deles tinha qualquer diagnóstico previo. Na maioria a consulta foi agendada a partir da preocupação dos familiares. A tres bebes lhe tinha sido recomendado procurar um ortopedista. Quais foram as sequelas destes recém-nascidos? Foram 3, todas elas facilmente identificáveis, pelo que não se justifica o diagnóstico tardio. Mesmo na ausência de um ortopedista, estas lesões deveriam ter sido identificadas antes da mãe e a criança, terem tido alta da maternidade. 1- Fractura da clavícula Sendo a clavícula o primeiro osso totalmente formado antes do nascimento, não é incomum que seja fracturado durante o parto. Em geral trata-se de uma fractura pouco deslocada visto que o periósteo e os ligamentos à volta estão intactos. O bebé com fractura da clavícula frequentemente é incapaz de levantar o braço afectado (Teste de Moro assimétrico). A causa é a...

Por que políticos africanos procuram cuidados médicos além fronteiras?

 Numa tendência cada vez mais prevalente e intrigante, políticos africanos cruzam as fronteiras do seu país, em busca de cuidados médicos. Essa prática, que desperta questionamentos sobre a qualidade e eficácia dos sistemas de saúde em seus próprios países, é um fenômeno digno de escrutínio e reflexão. Embora seja compreensível que indivíduos influentes busquem os melhores tratamentos disponíveis, a questão ganha dimensões peculiares quando se trata de líderes e representantes políticos. Afinal, esses são os mesmos indivíduos que deveriam, em teoria, estar comprometidos com o aprimoramento dos sistemas de saúde internos e com a garantia de atendimento de qualidade para todos os cidadãos. Uma das razões frequentemente citadas para justificar essa busca fora das fronteiras é a falta de infraestrutura adequada nos sistemas de saúde africanos. Em muitos países do continente, a carência de equipamentos médicos de ponta, a escassez de medicamentos essenciais e a insuficiência de recursos...