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Mensagens

Fracturas inexplicáveis. Um sinal de maus tratos nas crianças

A  OMS considera como abuso infantil, “Todas as formas de maus tratos físicos e/ou emocionais, abuso sexual, negligencia ou tratamento negligente, exploração comercial ou de outro tipo que resulte em danos reais ou potenciais à saúde, sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade da criança, no contexto de uma relação de responsabilidade, confiança ou  poder.” As fracturas por maus tratos, estão contempladas no capítulo dos danos à saúde da criança e do adolescente. Fracturas em crianças com menos de um ano são altamente suspeitas de negligência ou maus tratos. Estima-se que 55/100000 menores de um ano, sofrem fracturas de origem duvidosa todos os anos. Comparativamente com outros distúrbios, a incidência de fracturas pode não ser muito elevada, o que não significa que seja  menos preocupante. As estatísticas  sempre pecam por defeito, nem todos os casos são notificados ou identificados.  Embora as fracturas poucas vezes ameaçam directamente a vida da criança,...
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Desafios da anca displásica na criança angolana

A evolução natural da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é a disfunção articular programada. A anca não tratada pode estar deslocada totalmente ou ficar instável ou subluxada. Em qualquer caso o resultado será a degeneração precoce em maior ou menor grau. Muitos autores acreditam que muitas das coxartroses idiopáticas, em adultos jovens, tem como base uma displasia não tratada. A DDQ é um distúrbio infrequente e pouco diagnosticado em nosso meio. Não é fácil identificar as alterações subtis na anca de um recém nascido aparentemente saudável. Principalmente para quem não está familiarizado com o sistema musculoesquelético imaturo. Mesmo em sistemas de saúde pública melhor estruturados que o nosso, não poucas  DDQ são diagnosticadas tardiamente. Para minimizar a situação alguns países implementam programas de triagem bem apertados. A etiologia da Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ) é desconhecida. Há predomínio de doença esquerda (64,0%) e unilateral (63,4%). A...

Por que políticos africanos procuram cuidados médicos além fronteiras?

 Numa tendência cada vez mais prevalente e intrigante, políticos africanos cruzam as fronteiras do seu país, em busca de cuidados médicos. Essa prática, que desperta questionamentos sobre a qualidade e eficácia dos sistemas de saúde em seus próprios países, é um fenômeno digno de escrutínio e reflexão. Embora seja compreensível que indivíduos influentes busquem os melhores tratamentos disponíveis, a questão ganha dimensões peculiares quando se trata de líderes e representantes políticos. Afinal, esses são os mesmos indivíduos que deveriam, em teoria, estar comprometidos com o aprimoramento dos sistemas de saúde internos e com a garantia de atendimento de qualidade para todos os cidadãos. Uma das razões frequentemente citadas para justificar essa busca fora das fronteiras é a falta de infraestrutura adequada nos sistemas de saúde africanos. Em muitos países do continente, a carência de equipamentos médicos de ponta, a escassez de medicamentos essenciais e a insuficiência de recursos...

Àfrica e o desafio dos "wokes"

Manifestação de um grupo woke Sustentáve l, Resiliente , Inclusivo , Verde , Ecologico , etc. As palavras de ordem no clube dos que hoje definem o que fazer e como com as nossas vidas. O que é justo ou não, o que é ou não ecológico. Em 2019, Brendan O’Neill, editor da revista Spiked, descreveu os indivíduos que promovem a política woke como pessoas que tendem a ser identitárias, censuradoras e puritanas em seu pensamento. São os “guerreiros culturais que não conseguem aceitar o fato de que existem pessoas no mundo que discordam dele”. Tenho pensado muito nos perigos do movimento woke para África. É importante esclarecer que as manifestações do movimento podem variar em diferentes contextos e regiões. No entanto, vale a pena  discutir alguns dos desafios ou perigos quando aplicado ao contexto africano.  Vale ressaltar que esses pontos devem ser analisados com cuidado e não devem ser generalizados para toda a África, uma vez que o nosso continente é diverso e heterogêneo. Reduç...

Por que um hospital de ortopedia infantil em Angola?

#ortopedikus   #angola   #drcastilho Angola enfrenta desafios consideráveis no que diz respeito à saúde infantil, especialmente no campo dos cuidados ortopédicos. Estima-se que duas ou mais crianças em cada 10 que procuram serviços médicos, têm algum problema ortopédico. Crianças e adolescentes são predominantes em todas as zonas do país, e a medida que o os problemas ortopedicos que os afectam continua a aumentar, torna-se cada vez mais evidente a necessidade premente de um hospital pediátrico especializado.  Ter um hospital dedicado exclusivamente a essas questões proporciona acesso a médicos e especialistas altamente qualificados, capazes de diagnosticar, tratar e monitorar de perto o progresso dos pacientes em um ambiente adequado e adaptado às suas necessidades específicas. Contaria com salas de cirurgia especializadas e equipamentos de diagnóstico avançados especificamente para a abordagem correcta de crianças. Esses recursos avançados seriam essenciais para um diag...

Uma Jornada pelos Riscos da Medicina Tradicional em Angola

No seio da sociedade angolana, existe uma prática que há séculos tem dividido opiniões: a medicina tradicional . Embora seja valorizada por muitos como uma parte intrínseca da identidade angolana, os curandeiros e suas técnicas têm sido, e continuam a ser, motivo de preocupação crescente devido aos perigos associados aos seus métodos de tratamento. Nesta jornada pelos riscos da medicina tradicional, exploraremos o mundo dos curandeiros em Angola e as implicações para a saúde pública. A medicina tradicional em Angola tem suas raízes em práticas ancestrais transmitidas de geração em geração. Muitos curandeiros, são também conhecidos localmente como “kimbandas” ou “n’ganga”, e considerados detentores de conhecimentos místicos e habilidades curativas especiais. Eles utilizam uma combinação de ervas medicinais, rituais e crenças espirituais para tratar doenças e aflições. No entanto, é importante diferenciar a medicina tradicional do “feiticeiro” ou `’kimbanda”. Na medicina tradicional conc...

Densitometria óssea: Por que é importante durante e após a menopausa?

Durante e após a menopausa, as mulheres são mais propensas a desenvolver osteoporose devido à diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que ajuda a manter a densidade óssea. A densitometria óssea é importante nessa fase da vida porque permite detectar a osteoporose precocemente, antes que as fraturas ocorram. Isso permite que as mulheres possam iniciar tratamentos para prevenir a progressão da doença e reduzir o risco de fraturas. A osteoporose é uma doença que faz com que os ossos se tornem fracos e propensos a fraturas. É uma doença silenciosa, ou seja, é possível ter a doença sem ter sintomas. As fraturas mais comuns associadas à osteoporose são as da coluna vertebral, do quadril e do punho. Fraturas da coluna vertebral, também conhecidas como fraturas compressão vertebral, são as mais comuns entre as pessoas com osteoporose. Essas fraturas podem causar dor e encurtamento da estatura, e podem levar a deformidades da coluna vertebral, como a “cifose dos idosos” ou ...